QUEM SOMOS

QUEM SOMOS

Não é só pela razão
Que saberemos quem somos
E sim pelo coração
Onde está a luz da razão

Vasculhemos no coração
A luz da criação
Descobriremos que somos centelhas
Centelhas da criação

terça-feira, 4 de setembro de 2018

O SALVAMENTO – FICÇÃO ou REALIDADE?



Numa grande e bela cidade, um grupo de pessoas abastadas, começou a arquitetar um plano para domina-la, para tirar proveito de sua riqueza.

Começou a financiar pequenos grupos para que começassem a conturbar certas regiões da cidade, desvalorizando os imóveis da região, para que pudessem compra-las a baixo custo, e assim fizeram, seguindo planos bem arquitetados, sem que a população desconfiasse.

Começaram pelo bairro industrial, promovendo brigas, greves e todos os tipos de depredações, inclusive provocando pequenos incêndios, o suficiente para assustar os proprietários, sem prejudicar demasiadamente as suas produções, até chegarem ao ponto dos donos das empresas quererem vender as suas empresas por preços aviltantes, mais para se livrarem soa problemas, pois as autoridades, já devidamente corrompidas pelo grupo, não tomavam atitudes coercitivas ou punitivas.

Assim dominaram as principais indústrias, e passaram a agir nos demais setores da cidade, tal como o comércio em seus principais agrupamentos, e principalmente no setor educacional, retirando verbas das escolas, para privilegiar os setores de seus interesses.

A cidade, depois de um tempo se viu conturbada pela violência, e por abusos de todos os tipos, e o povo se viu totalmente a mercê dos desmandos desse grupo.

Com a diminuição das verbas para a educação e para a saúde, a educação começou a ficar frágil e assim as escolas não conseguiam ensinar o básico para os seus alunos, pois os professores não mais conseguiam se dedicar totalmente às preparações das aulas, uma vez que o salário foi abaixando até ao ponto em que muitos dos professores tiveram que procurar mais fontes de sustentos, ficando totalmente sem tempo para as devidas preparações das aulas.

Assim, também influenciado pelas novas gerações de alunos revoltados com as suas situações de vida na cidade, pois a dificuldade do sustento foi se tornando cada vez maior, aos poucos foram se formando gerações totalmente despreparadas, tornando-se presas fáceis para esse grupo.

Com o ensino carente e a saúde precária, a população tornou-se “escrava” desse grupo. Por mais que os poucos professores dedicados e apaixonados pelo ensino enxergassem que o ensino seria o básico para retirar as futuras gerações dessa escravidão, pois pessoas cultas e bem informadas poderiam começar a colocar no poder político pessoas honestas e incorruptíveis, e assim, aos poucos ir minando o poder desse grupo, a população de alunos estava tão revoltada, que começou a admoestar os poucos professores que inda tinham a paciência e a virtude de tentar enfiar alguma coisa de útil nas cabeças dos alunos.

Até os poucos alunos que tinham interesse em aprender eram admoestados pelos demais, que se tornavam nulidades e presas do sistema.

O governo central do estado, do qual pertencia a cidade, depois de um tempo, percebeu que aquela cidade, que era um modelo dentro do estado, estava se deteriorando, prejudicando, inclusive, a arrecadação de impostos para o estado, apesar de um grupo estar muito poderoso dentro dela. E também não queriam que isso começasse a se espalhar pelo estado, então começaram a planejar como intervir na cidade, sem que parecesse uma intervenção do estado na gestão da cidade.

Como na atualidade eles não tinham como intervir diretamente, pois aquela cidade estava dentro da lei, os planos foram sendo expostos por vários pensadores, até que um plano de longo prazo, mas com muita chance de dar certo foi aprovado pelo governo central do estado.

O plano consistia em enviar professores altamente preparados para as escolas estaduais daquela cidade, e aos poucos esses professores iriam influenciando os estudantes a se prepararem devidamente, para que ao se formarem com toda a capacidade do novo ensino, pudessem começar a virar o jogo, tomando conta de postos importantes, inclusive na política da cidade, denunciando todos os tipos de corrupção que lhes chegassem ao conhecimento!

Mas tinha um porém! Do que adiantaria esses professores altamente preparados nas salas de aula, se os alunos continuariam os mesmos?

Então a brilhante ideia surgiu! Um Mestre de alto gabarito, ainda novo, deu a seguinte sugestão: como os alunos daquela cidade são em sua grande maioria repetentes, ou seja, acima das idades normais para cada ano letivo, os Mestres que fossem enviados para a cidade seriam voluntários para serem “alunos”, o que poderia influenciar os demais alunos através de seus exemplos. Primeiramente se juntariam aos bons alunos, formando grupos maiores e os poucos convidando os menos revoltados a participarem do grupo e aos poucos ir minando o desinteresse da maioria.

O plano foi aceito, mesmo sabendo que tudo poderia demorar muito tempo e mesmo dar errado. No caso de dar errado teria que haver uma intervenção, que evidentemente não seria aceita pela direção daquela cidade e até pela população, o que poderia virar uma batalha armada, pois a situação não poderia continuar como estava. Aquele exemplo de cidade não poderia servir de espelho para as demais, inclusive por estar prejudicando a população da cidade e, por conseguinte, a do próprio estado.

Assim começou a procura de Mestres voluntários que se encaixassem no perfil desejado. No estado alguns poucos, dos que se apresentaram, se encaixavam no perfil desejado. Assim o governo central do estado teve que apelar para os outros estados da Federação, e depois de algum tempo conseguiram um número suficiente para o trabalho, que seria Mestres se passando por alunos!

Esse grupo de Mestres foi levado a uma instituição para serem preparados para essa difícil missão. Foram avisados que muitos poderiam se encantar com alguns prazeres e diversões que os alunos, digamos, “mau caráter”, apresentariam para eles, e assim se desviarem da missão, caindo nos prazeres mundanos, incentivados pelo grupo controlador da cidade.

Aos poucos esses “alunos” foram entrando nas escolas estaduais “transferidos” de outras cidades. Essas transferências tiveram que ser feitas de maneira que não desconfiassem de tantas transferências ao mesmo tempo.

Depois de certo tempo, todos os 144 000 “Mestres/alunos” já estavam “formados” como alunos e foram sendo enviados para aquela cidade. Como previsto, alguns, em vez de influenciarem, foram influenciados, mas a grande maioria começou a realmente influenciar os alunos relapsos. E cada vez que um “Mestre/aluno” se formava, ou atingia certo objetivo, voltava para a sua cidade de origem, e era recebido como herói, pois com o passar dos anos todos já sabiam que havia um plano em andamento para a recuperação daquela cidade, sem que houvesse a necessidade de uma intervenção drástica. E outros “Mestres/alunos” eram enviados.

Mas assim como todos os habitantes da federação já sabiam desse plano, o grupo dominador daquela cidade também acabou sabendo, e começou a perseguir os alunos que se saiam bem nas escolas, e aqueles que lideravam grupos de estudantes, e começaram os contra ataques. Ameaçavam os diretores das escolas para expulsa-los, inventando ou fazendo parecer que eles cometeram algum delito dentro ou fora das escolas, ou até mesmo raptando-os e matando-os.

Mediante essa nova ameaça, o estado começou a mandar homens para a proteção de seus “Mestres/alunos”, disfarçados de professores, faxineiros, bombeiros, ou qualquer profissão que os permitissem estar próximos de seus protegidos. Estava declarada a guerra escondida da população.

Conforme os novos alunos iam se formando, e devidamente esclarecidos pelos seus colegas “Mestres/alunos” do que realmente acontecia na cidade, a “resistência” aos desmandos do grupo foi se fortalecendo, e aos poucos o grupo foi sendo desmascarado, não sem as devidas resistências.

Alguns novos alunos, já a par da real situação questionavam do porque da não intervenção do estado, e obtinham a resposta que o grupo ainda tinha muito poder e que a retaliação poderia prejudicar muito grande parte da população, e que a “sopa quente tem que ser tomada começando pelas beiradas”.

Grupos de novos alunos que se formaram em advogados e passaram em concurso público para instituições judiciais, como juízes e promotores, começaram a vasculhar as falcatruas do grupo e dos industriais e comerciantes, além de todos os braços do grupo infiltrados nos diversos setores econômicos, educacionais e de saúde da cidade. Foram descobertas inúmeras falcatruas, golpes e corrupções envolvendo o grupo e os maiorais das diversas instituições governamentais e até particulares. Moveram ações, prenderam, julgaram e condenaram os que conseguiam, pois até no judiciário existia braços do grupo.

Assim, aos poucos, o povo da cidade foi sendo alertado sobre o que estava acontecendo a muito tempo na cidade. Muitos não acreditaram e ainda endeusavam os seus escravagistas, pois esses os alimentavam com as migalhas que sobravam de seus refastelados banquetes a suas custas, sem que mesmo desconfiassem que as migalhas fossem uma espécie de suborno!

Pois assim continua a “guerra” escondida da população, onde até mesmo alguns Mestres/alunos se esqueceram de que são Mestres, achando que pertencem àquela cidade, e que o seu trabalho é intervir como um morador nas soluções dos problemas da cidade. Esqueceram que seria somente darem o exemplo de como os verdadeiros alunos devem se conduzir na escola e depois na própria condução de suas vidas, atuando firme no combate a corrupção e desmando dos ainda governantes.

Mas aos poucos a guerra da moralidade suplantará a da ganância e imoralidade, e quando chegar hora propícia, o estado poderá intervir sem que o grupo tenha qualquer chance de retaliação.

Vitória da Federação, vitória da moralidade, vitória da Luz!

Por Bill Shalders
04/09/2018

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