Todos embarcados na nau da vida, e assim ela parte e adentra o mar, esse mar desconhecido.
No início os navegantes vão
aprendendo a dar rumo à sua viagem, todos com esperanças de alcançarem novas
paragens, como verdadeiros paraísos. E é essa esperança que os fazem continuar
na nau da vida.
Há aqueles que ao primeiro sinal de
problemas, não aguentam a pressão e pulam no mar, abandonando a nau da vida, na
esperança de que aqueles problemas desapareçam. Mas ao afundarem no mar,
aqueles problemas ficam recorrentes, fazendo-os, em algum momento, se
arrependerem do ato de abandono da nau, e assim podem pegar outra nau, onde
deverão enfrentar os mesmos problemas, até que consigam superá-los.
Mas a grande maioria segue a viagem
na nau da vida, rumo ao desconhecido, mas sempre com esperança de um dia
aportar num paraíso. Com certeza um dia aportarão, só não sabem em qual viagem
isso acontecerá, se será na mesma nau, ou como chegarão.
E a nau vai navegando mar adentro. Nalguns
dias a nau pega calmarias, noutros há ventos moderados, e às vezes pegam
tempestades, sendo algumas bem ameaçadoras. Nessas horas de tempestades, muitos
gostariam que aparecessem alguns faróis para conseguirem dar rumo à nave, pois
nas tempestades não conseguem enxergar o rumo que deveriam seguir.
Mas os navegantes não sabem como
são esses faróis, uma vez que nunca os viram! Mas os faróis estão lá! Nunca os
mares deixaram de ter faróis, mas poucos navegantes chegaram a reconhecê-los,
mesmo em tempos de calmaria, pois nessas horas eles não estavam procurando, ou
achavam que não necessitavam desses faróis. Durante os tempos de calmaria os
navegantes queriam mais é se divertir.
Muitas vezes a nau da vida parava
nas pequenas ilhas que continham faróis, mas poucos as reconheciam, pois
estavam todos dormindo. Alguns, que estavam acordados, viam as ilhas e os
faróis contidos nelas, mas achavam que essas pequenas ilhas não eram o paraíso
que eles estavam procurando, e também não sabiam que ao desembarcarem nessas
pequenas ilhotas, poderiam pegar uma nau mais forte, indestrutível, que seguia
direto para o paraíso tão almejado por todos.
Mas estamos num tempo em que os
faróis estão mais ativos, mais claros, possibilitando aos navegantes
despertarem para a realidade e conseguirem clarear as suas mentes e
desembarcarem nessas ilhas para embarcarem na nau do paraíso. Cabe a cada um
estar acordado, vigilante, para reconhecerem as ilhotas dos faróis. Também
devem reconhecer que ao ficarem nessa nau da vida, jamais chegarão ao paraíso! Eles
devem desembarcar dessa nau da vida para terem acesso à nau do paraíso.
E assim é.
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