Eu fixava o meu olhar naquela mão!
A mão estava meio difícil de enxergar, pois a água estava turva, ou suja.
Sim, estava dentro de um ambiente
aquoso, não sabia qual, mas estava vendo aquela mão tentando abrir algo
parecido com um tampão. Sim, é um tampão, grande, parecido com o que tampamos o
ralo de um tanque, aquele em lavamos nossas roupas.
Mas onde estou? Num tanque imenso,
no mar, não pode ser, mar não tem tampão! Bem, pelo menos os mares que conheço.
Mas o interessante é que nunca fui no fundo mais fundo dos mares para saber que
não há tampões de mares, mas sei que não há!
Num tanque sei que não estou! Não
sou roupa, e tenho certeza disso!
Piscina! Pode ser! Mas piscina não
tem tampão, pelo menos as que conheci, e que fui até o fundo, e lá só vi ralos!
E agora é que me dei conta! Quanto
tempo estou dentro desse ambiente aquoso sem sair para respirar! Então eu posso
respirar aqui dentro! Interessante.
Serei um peixe? Olho para os meus
membros e vejo membros humanos. Nesse momento me lembrei que em outras vidas,
em outros planetas, num deles eu fui um peixe pensante, que podia viver
naturalmente nos dois ambientes. Podia respirar ar ou água e era bípede. Podia
andar ou nadar! Maravilha de lugar! “No mundo do meu Pai há muitas moradas”,
disse uma vez um irmão em vidas passadas.
Mas que susto! Eu aqui em plena
conjectura e aquela mão conseguiu puxar o tampão um pouco para cima e a água
turva pela sujeira começou a escoar pelo ralo.
Resolvi andar, ou nadar, até mais
para perto daquilo que posso chamar de ralo, somente para enxergar melhor o que
estava acontecendo. Mas não tão perto, para que eu não fosse sugado por ele.
Então reparei que o que tornava a
água turva eram palavras densas e fui lendo essas palavras sendo sugadas pelo
ralo. Logo reparei que a palavra ignorância estava entrando no ralo, seguida
por poder, ira, ódio, preconceito, intolerância, egoísmo, inveja, desprezo,
menosprezo, ou seja, todos os sentimentos ruins que fomos acumulando em tantas
vidas passadas, que agora eu vou percebendo como transformei o meu ambiente num
“mar de lama” que agora está sendo limpo. Pude perceber que a mão que está
retirando o tampão, com todo cuidado necessário é a do meu EU SUPERIOR. Não
pode retirar muito rápido para que eu tenha tempo de ir refletindo e me
livrando dessas energias negativas.
Sim, Ele me mostra que estou dentro
do meu “aquário”, figurativo, onde construo o mundo que quero viver! Ao ser
desperto por Ele, eu mesmo comecei a me livrar dessas energias, e só quando
atingi uma frequência de certo nível, Ele veio me dar uma mão, literalmente,
que abriu com todo cuidado o ralo do meu “aquário”!
Assim, ao me livrar dessa água poluída
pelas minhas ações, palavras e pensamentos, estou abrindo espaço para que águas
limpas entrem em meu mundo, no meu aquário. Entendi que somos nós que
alimentamos o nosso mundo, e não o mundo que nos alimenta. Apenas vivemos no
mundo que construímos para nós!
Entendi que nós mesmos construímos o
nosso aquário, nos isolando dos demais, por egoísmo e também por segurança,
pois não sabíamos as intenções dos demais. Poluímos tanto o nosso ambiente
próprio que nem conseguíamos ver os aquários que nos cercavam.
Agora estou vendo muitos outros aquários
se limpando e começamos a perceber que não precisamos ficar presos nos nossos aquários,
isolados dos outros, então começamos a construir um mundo sem aquários, onde
todos navegam e vivem no mesmo ambiente com solidariedade, compreensão, altruísmo,
amor, alegria, entre tantas energias de alta frequência. Sentimos que esse será
o mundo que todos os que despertamos para a realidade da vida estaremos
vivendo, assim que todos os aquários sejam limpos.
Só sinto pelos irmãos que ainda
mantem os seus aquários com a água turva, sem sequer olharem para os lados para
que enxerguem os exemplos dos aquários que estão em plena faxina! Afinal, esses
aquários sujos serão levados para mundos que os aceitem com todas as sujeiras
dentro deles.
E você, já começou a limpar o seu aquário?
Que assim seja!
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